Objetos feitos de plástico são cada vez mais comuns atualmente: peças de automóveis, brinquedos, componentes diversos e até caixas d’água possuem esse polímero na sua constituição. Uma maneira de fabricar e replicar essas peças de plástico é a Injeção Plástica, que consiste em fundir o termoplástico e injetá-lo em um molde.
Na terceira década do século XX, houve o início da difusão do plástico sintético. Quando comparado a materiais como o vidro e ferro, teve velocidade de produção e distribuição surpreendentes. Devido à sua maleabilidade, pode-se moldar os termoplásticos para qualquer forma desejada.
Há diversas maneiras de manufaturar o plástico, seja via Máquinas CNC – Controle Numérico Computadorizado –, Impressão 3D ou Extrusão. Entretanto, o processo de fabricação desse polímero é majoritariamente feito por meio da Injeção Plástica, pois permite precisão e uma produção em larga escala.
Mas como funciona a Injeção de Plástico?
Para o processo de Injeção Plástica há duas etapas principais: a construção do molde da peça desejada e os estágios realizados pela Injetora de Plástico, responsável por fundir o polímero e injetá-lo no molde. As etapas serão melhor abordadas a seguir.
Injetora de Plástico
Molde
Para ficar na forma desejada, é necessário o uso de um molde para o plástico. Assim, antes da produção em larga escala, ocorre a fabricação do polímero, que precisa seguir intensas especificações.
Devido à alta temperatura e pressão a que são submetidos, os moldes são feitos de metais como, por exemplo, aço temperado e alumínio. Entretanto, no alumínio, há um desgaste maior do metal, sendo recomendado apenas para produções mais moderadas.
Para que haja precisão nos moldes, eles necessitam de uma fabricação com baixa tolerância, a fim de aprimorar os acabamentos e detalhes do produto final.
É preciso, também, se atentar a outros fatores além da geometria da peça desejada. O canal de distribuição, por exemplo, responsável por distribuir o plástico fundido no molde. Há, também, a necessidade de um poço frio, a fim de manter a uniformidade da temperatura, que, por consequência, evita alterações no acabamento ou tensão interna do plástico moldado.
Analisar o design e a proteção do molde é essencial na sua fabricação, já que ele será responsável por dar origem a milhares de peças. Assim, a etapa da construção da moldagem é uma das mais importantes durante a Injeção Plástica.
Legenda: Molde no Injetor de Plástico
Injeção
A Injetora possui diversos componentes para realizar a injeção do plástico no molde, são eles: o funil, o canhão (ou Cilindro), a rosca, e o bico de injeção.
No funil, insere-se o termoplástico na forma de grânulos (pequenos cilindros que facilitam a fundição do material), levando-o para a área do canhão e a rosca.
Grânulos de Plástico
Já no Canhão, os resistores são responsáveis por fundir os grânulos à uma temperatura de 200 a 250°C, processo chamado de plastificação. Nessa etapa também ocorre a inserção de corantes, que colorem o plástico.
Dentro do Cilindro, a rosca possui uma zona de alimentação e transporta o Termoplástico até o bico de injeção. Há também as zonas de compressão e dosagem, que fazem uma melhor distribuição do plástico.
Finalmente, o polímero fundido chega ao bico de injeção, onde é injetado na bucha do molde. Para uma melhor injeção, no bico fica outra resistência elétrica, a fim de evitar o resfriamento do plástico.
Por meio de um painel de controle e um sistema hidráulico, a Injetora de Plástico garante a eficiência de todas as etapas, garantindo a constância na temperatura, além de indicadores de pressão.
Partes das Roscas no Injetor
Afinal, devo usar a injeção plástica ou não?
É imprescindível a avaliação do objetivo e do contexto em que haverá a produção de peças de termoplásticos. A injeção plástica é o método mais usado, entretanto, há um processo específico e recomendado para cada tipo de uso.
Vantagens
Para Indústrias e produção em larga escala, a injeção de plástica é uma boa opção, dado que, com o molde fabricado, há a possibilidade de manufaturar milhares de peças. Embora o tempo de produção dependa da complexidade, o ciclo de produção fica na média de 20 segundos por peça.
Com um molde adequadamente fabricado, também seria possível criar peças complexas com precisão. Outro ponto positivo seria a automatização da Injetora de Plástico, dispensando qualquer custo operacional por produto.
Um exemplo da larga produção por meio da injeção plástica é a confecção de peças de Lego, feitos de plástico, montáveis e interligadas entre si, sendo um dos maiores sucessos na área de brinquedos.
Desvantagens
Por outro lado, o custo para a fabricação de um molde é extremamente caro, chegando a 5 dígitos, além do tempo de construção da moldagem, que, dependendo da complexidade, pode levar meses para ficar concluída.
Desse modo, a Injeção Plástica não é uma boa escolha para a produção de, por exemplo, uma peça individual, nem para indústrias de pequeno porte, devido ao alto investimento que é necessário para adquirir uma Injetora.
Portanto, se o objetivo é criar um produto individual ou um Mockup de maneira profissional, a Impressão 3D é uma melhor opção, que permite uma confecção simplificada e ágil, diminuindo o tempo da produção de uma única peça em até 80%.
Impressora 3D
Também existem outros processos eficazes, como as máquinas CNC, as quais permitem a construção de peças plásticas com uma geometria extremamente difícil. Para geometrias simples, a Formação à vácuo é uma boa opção, já para a opção de maquinários mais baratos, a Extrusão é uma melhor escolha, que força o polímero aquecido por uma matriz.
Conclusão
A Injeção Plástica, com o objetivo apropriado, permite a produção de milhares de peças por um custo mínimo e, por esse motivo, a maioria das indústrias faz grande proveito dela.
Por outro lado, é preciso se atentar exatamente ao contexto em que será confeccionado, já que para usos individuais e de menor escala, outros processos podem ser mais eficientes.
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